domingo, 27 de janeiro de 2013



Caos que me liberta a fantasia do mundo inconstante e mutável
Tormenta que reviram o fundo de minha alma caustica e febril
Redemoinhos que bailam soprando a ventania vértice que assola
Provoca a erupção dos sentidos provenientes do centro revolto
Encontrando a paz que reina assegurando a vida em impulsos
Perturba-me a calmaria do verossímil e imutável
São lavas incandescentes as lágrimas que vertem de meus olhos
O choro que provoca a vermelhidão da face exposta
Quente latejando minha pele um oásis de bem querer
Suaviza-me a angustia com o toque de suas mãos
Seduz a mim o que não consigo compreender em fato
Liberdade é aprisionar-se ao universo da esperança
Alheio navegar sem rumo neste ser profuso
Encontrar a rocha formada de nuvens para sua proteção
Karma de meu viver repleto de amor nesta fúria impulsiva
Nas entrelinhas as garras se prendem ao mundo
Fazer do amor um pássaro contido dentro do coração
Acalmar-se com o beijo espontâneo e desesperado
O grito esta no silencio que cala a boca que beija em loucura
Liberar a vida em amor sem nada cobrar
Festejar as conquistas sem que regras se oponham ao sorrir
O infortúnio de minha alma é não ter regras nem paradeiro
Sou como as ondas que se formam furiosa desfazendo a rocha
Que sempre volta dissolvendo-se na imensidão sem inicio ou fim
Um ser assim não se aprisiona em um coração
É o todo que ferve emanado de amor dissipando a solidão




Helio Ramos de Oliveira
ISBN 978-85-7923-552-8
Lei de direito autoral (nº 9610/98)

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