Minha
censura é não desejar
Escrevo em
versos a prosa mais saborosa
Atenho-me
aos sonhos de um caminhar
As figuras
aguçam a mente em um turbilhão
Entoo o
cântico incitando a paixão
Entre mundos
passeio em palavrear
Cultuando o
belo e o sempre eterno sentir e voar
Acaricio o
amago vertendo a alma
Derramando
na pele o suco dos frutos
Amadurecendo
em castas de nobre pureza
Sem pudores
ou maculas sem censura de mim
Exclui-me o
ou mente do que sentes ao ler
Sou a
palavra agregada sem causar sua dor
Se te calas
não vive
Se me cala
eu morro
Sou Poeta
escrevo acasalando com as palavras
Modifico a
fala
Sem ofensa
ou dano
Recorro-me
aos sentidos que me faz escrever
Ser maldito
em Bocage o meu favorito
Serei quem
sou literário
Serei sempre
emoção
Excluam-me
da vida não se excluam em paixão
Estarei na
poesia
Erotismo e
sedução
Não vejo o
pecado
Esta é minha
comunhão
Ser o grande
em nada a virtude certeira
Há quem
goste do amor
Nossa cumplicidade
Gozarei nesta
vida os prazeres divinos
Sem dever
uma gota da essência em calor
Seu pudor te
amarra
O amor te
liberta entre pernas abertas
Esperando o
sonhar
O encanto e fascínio
desde Salomão
Este encontro
fiel do clamor da eclosão
Nasce o
apogeu dos poetas e nele se liberta
Tantas mentes
febris por amar e sentir
O que sente
em vida faz do sonho existir
Helio Ramos
de Oliveira
ISBN
978-85-7923-552-8
Lei de
direito autoral (nº 9610/98)
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