sábado, 20 de outubro de 2012



Minha censura é não desejar
Escrevo em versos a prosa mais saborosa
Atenho-me aos sonhos de um caminhar
As figuras aguçam a mente em um turbilhão
Entoo o cântico incitando a paixão
Entre mundos passeio em palavrear
Cultuando o belo e o sempre eterno sentir e voar
Acaricio o amago vertendo a alma
Derramando na pele o suco dos frutos
Amadurecendo em castas de nobre pureza
Sem pudores ou maculas sem censura de mim
Exclui-me o ou mente do que sentes ao ler
Sou a palavra agregada sem causar sua dor
Se te calas não vive
Se me cala eu morro
Sou Poeta escrevo acasalando com as palavras
Modifico a fala
Sem ofensa ou dano
Recorro-me aos sentidos que me faz escrever
Ser maldito em Bocage o meu favorito
Serei quem sou literário
Serei sempre emoção
Excluam-me da vida não se excluam em paixão
Estarei na poesia
Erotismo e sedução
Não vejo o pecado
Esta é minha comunhão
Ser o grande em nada a virtude certeira
Há quem goste do amor
Nossa cumplicidade
Gozarei nesta vida os prazeres divinos
Sem dever uma gota da essência em calor
Seu pudor te amarra
O amor te liberta entre pernas abertas
Esperando o sonhar
O encanto e fascínio desde Salomão
Este encontro fiel do clamor da eclosão
Nasce o apogeu dos poetas e nele se liberta
Tantas mentes febris por amar e sentir
O que sente em vida faz do sonho existir





Helio Ramos de Oliveira
ISBN 978-85-7923-552-8
Lei de direito autoral (nº 9610/98)

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