Sou
feito de terra, água e céu
A
imagem perfeita em pureza do ser
Comungo
da nobreza da vida
Meu
caminhar é constante e errante
Sou
indígena da terra de Pindorama
Faço
parte do tudo compartilho o sangue
Entre
os rios e florestas as terras abertas
Em
saber dos encantos dos sonhos eternos
Preservando
as culturas de meus ancestrais
Minha
vida é floresta entre vidas diversas
Armado
de virilidade protegido por Tupã
Reverencio
a vida em sua forma mais linda
Caetés,
Potiguaras, Tabajaras, Temiminós
Tupinambás,
Tupinaés, Tamoios, Kaiowá...
Verdejamos
a esperança com a fé que nos move
Resultamos
na crença da sustentabilidade
Não
trocamos a vida pela prosperidade
Não
sou vitima!
Sou
a esperança de este mundo mudar
Morrer
em Belo Monte
para a luz acender
Apagando
a história que com sangue escrevi
Ver
na ganância do branco a exterminação
De
tudo que acreditamos como evolução
Em
milhares de anos construindo a Terra
Destruímos
aos poucos em grandes dimensões
Minha
luz é a do Sol que sempre brilha no céu
Fazendo
minha sombra quando impedido de brilhar
Se
a morte do índio é a condição do branco viver
Sou
indígena em sangue sou Brasil
E
você?
Helio Ramos de Oliveira
ISBN 978-85-7923-552-8
Lei de direito autoral (nº 9610/98)
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