quarta-feira, 14 de novembro de 2012



Sou feito de terra, água e céu
A imagem perfeita em pureza do ser
Comungo da nobreza da vida
Meu caminhar é constante e errante
Sou indígena da terra de Pindorama
Faço parte do tudo compartilho o sangue
Entre os rios e florestas as terras abertas
Em saber dos encantos dos sonhos eternos
Preservando as culturas de meus ancestrais
Minha vida é floresta entre vidas diversas
Armado de virilidade protegido por Tupã
Reverencio a vida em sua forma mais linda
Sou  tupi guarani sou o Brasil sou assim
Caetés, Potiguaras, Tabajaras, Temiminós
Tupinambás, Tupinaés, Tamoios, Kaiowá...
Verdejamos a esperança com a fé que nos move
Resultamos na crença da sustentabilidade
Não trocamos a vida pela prosperidade
Não sou vitima!
Sou a esperança de este mundo mudar
Morrer em Belo Monte para a luz acender
Apagando a história que com sangue escrevi
Ver na ganância do branco a exterminação
De tudo que acreditamos como evolução
Em milhares de anos construindo a Terra
Destruímos aos poucos em grandes dimensões
Minha luz é a do Sol que sempre brilha no céu
Fazendo minha sombra quando impedido de brilhar
Se a morte do índio é a condição do branco viver
Sou indígena em sangue sou Brasil
E você?






Helio Ramos de Oliveira
ISBN 978-85-7923-552-8
Lei de direito autoral (nº 9610/98)

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