quinta-feira, 26 de julho de 2012



Exponha-se ao delírio da boca seca
Morra em vida para viver o sempre
Coloque-se no mundo deixando as marcas
Tua sombra fiel companheira
Tolo é o ser que sem amor não se adula
A miséria é o acordo imundo que parece
Sem a poesia dos cânticos as carnes não esmorecem
O cortejo pelo amor resplandece
Mais fácil abrir um cofre quando se tem um sorriso
Esgotar a fonte de infinitos dizeres
Elucubrações coléricas irrequietas
Patife que entorpece sem fazer das palavras doces
Rasgar o banquete da alma em brasas
Arruinar-se em desfazer-se do amor
Sem a nobreza dos contos padece
Quem nessa viva passou sem amar
A lápide de sua caveira
Marcada sem nunca sonhar
Sem palavras é a derradeira
A fonte da alma secar



Helio Ramos de Oliveira
ISBN 978-85-7923-552-8
Lei de direito autoral (nº 9610/98)

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