quarta-feira, 15 de agosto de 2012



Insinua-se mulher
Em seus delírios busca os desejos mais ocultos
Transforma-se em uma caçadora voraz
Em sua pele seus poros gritam por amor
Serpenteia seu corpo num cio constante
Morde os lábios grita em seu silencio
Tocando-se e retorcendo a carne
Sua aura expande a luz...
Vejo seu desespero ao toque de meus lábios
Acende em chamas que queima e salva
Em seu manto de mulher
Lascivamente a alma vagueia em um turbilhão
Sinto seu cheiro de fêmea buscando o prazer
Pedindo que aconteça o insano
Apodero-me de sua formosura
Suas linhas que traço encontrando seus caminhos
Mãos que te afagam sentindo sua textura
Marcando com sangue que ebulição flui
Ereto preenchendo seus espaços
Entonando a canção do amor
Sussurrando o nome ou vento
Gemendo sem a dor e sem passar
Atingindo o clímax infinito
O grito em desespero de amar
Transbordo e semeio em seu corpo
Vertendo em um jato de amor
Derramo em seu corpo o que sou
Recebe-me com sua sede e loucura
Agarrando com suas unhas pintadas
Sua presa que mata sua sede
Alimenta seu corpo em carne viva
Mordendo a glande em seus dentes
Domina-me em seu intenso absoluto desejo
Descansando em seu corpo a fúria
Que a toma em uma dança de amor
Instintiva és minha sempre fera
Sou sua doma sem controle e livre
Encontre-me onde sempre me quer




Helio Ramos de Oliveira
ISBN 978-85-7923-552-8
Lei de direito autoral (nº 9610/98)

Nenhum comentário:

Postar um comentário