Insinua-se
mulher
Em
seus delírios busca os desejos mais ocultos
Transforma-se
em uma caçadora voraz
Em
sua pele seus poros gritam por amor
Serpenteia
seu corpo num cio constante
Morde
os lábios grita em seu silencio
Tocando-se
e retorcendo a carne
Sua
aura expande a luz...
Vejo
seu desespero ao toque de meus lábios
Acende
em chamas que queima e salva
Em
seu manto de mulher
Lascivamente
a alma vagueia em um turbilhão
Sinto
seu cheiro de fêmea buscando o prazer
Pedindo
que aconteça o insano
Apodero-me
de sua formosura
Suas
linhas que traço encontrando seus caminhos
Mãos
que te afagam sentindo sua textura
Marcando
com sangue que ebulição flui
Ereto
preenchendo seus espaços
Entonando
a canção do amor
Sussurrando
o nome ou vento
Gemendo
sem a dor e sem passar
Atingindo
o clímax infinito
O
grito em desespero de amar
Transbordo
e semeio em seu corpo
Vertendo
em um jato de amor
Derramo
em seu corpo o que sou
Recebe-me
com sua sede e loucura
Agarrando
com suas unhas pintadas
Sua
presa que mata sua sede
Alimenta
seu corpo em carne viva
Mordendo
a glande em seus dentes
Domina-me
em seu intenso absoluto desejo
Descansando
em seu corpo a fúria
Que
a toma em uma dança de amor
Instintiva
és minha sempre fera
Sou
sua doma sem controle e livre
Encontre-me
onde sempre me quer
Helio
Ramos de Oliveira
ISBN
978-85-7923-552-8
Lei
de direito autoral (nº 9610/98)
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