Capturar
o ar que se respira
Ser
a pira de suas emoções
Fazer
da chama o calor
Entoar
uma canção de corpos
Frémitos, gemidos entre sussurros
A
mão que segura e aperta
Pressão
dos lábios que saboreiam e morde
Acordes
de uma melodia
Adentrar
a noite e passar os dias
Um
ritual boêmio de vadiagem
Resvalos
catados provocando
Insinuante
olhar carente
Mãos
sapecas que acariciam e provocam
Sinfonicamente
opera os sentidos
Flautas
entre oboés
Sutil...
Como
uma revoada de flamingos
Rósea!
O
sabor perfeito de mulher
Contorcer-se
em sua biogeografia
Mapeando
os pontos
Maestria
de um Poeta
A
bravura de um guerreiro
Seduzir
as almas puras
Fazer
do amor uma grande aventura
Provocar
as reações
Encantar-se
do mundo
Vindo
a tona em seu racional paraíso
Perder-se
em um culto de amar
Sorrir
sabendo que o tempo vai passar
Que
o amor valeu sua pena
Condenar-se
a ser feliz
Eternamente
Helio
Ramos de Oliveira
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)
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