Quero em minha morte
O cheiro forte de Jasmim
A sedução do Sândalo que em bálsamos vivi
Corpo coberto das cinzas
As palavras que me velam
Condenado
Amado
Pássaros cantando
A vida passando
Agonia de mim...
Corpo frio enrijecido
A morte!
Sorte de quem viveu
Que se fez a poesia
Os dias que por aqui passei
Calada a alma vagueia
As palavras que aqui jaz
O sal da lágrima
Soro
Suor
Sem libido
Sem paixão
Tristeza mórbida
Caminhar nos campos que me cabe
Cova
Cava
Rasa
Profunda
Que me queime
Cremado voltando ao pó
Pó!
És!
Ia!
Alimentar as Oliveiras
Nostalgia das boemias
Saudade do esquecimento
Cimento de mim...
Exposto ao Sol
Aquilo que fui
Helio Ramos de Oliveira
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