sexta-feira, 2 de março de 2012



Quero em minha morte

O cheiro forte de Jasmim

A sedução do Sândalo que em bálsamos vivi

Corpo coberto das cinzas

As palavras que me velam

Condenado

Amado

Pássaros cantando

A vida passando

Agonia de mim...

Corpo frio enrijecido

A morte!

Sorte de quem viveu

Que se fez a poesia

Os dias que por aqui passei

Calada a alma vagueia

As palavras que aqui jaz

O sal da lágrima

Soro

Suor

Sem libido

Sem paixão

Tristeza mórbida

Caminhar nos campos que me cabe

Cova

Cava

Rasa

Profunda

Que me queime

Cremado voltando ao pó

Pó!

És!

Ia!

Alimentar as Oliveiras

Nostalgia das boemias

Saudade do esquecimento

Cimento de mim...

Exposto ao Sol

Aquilo que fui






Helio Ramos de Oliveira

Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)

Nenhum comentário:

Postar um comentário