sexta-feira, 23 de março de 2012



Pegue-me...

Lançar-se ao mundo em seu desespero

De corpo inteiro

Romper a barreira

O som no ar

A luz que presencia o carro do tempo

A máquina do meu coração que pulsa

Palpita

Fala com veemência dos meus sentimentos

A alma libertina

O jeito irreverente

Ser coisa ser gente

Passear perdido olhando paisagens

Imagens de vidas que passaram por mim

Ator, escritor o bobo da corte

Alegrando o caminho

Fazendo do ninho sua cama de amar

Em transe perpetuo

Ver bem de perto o espírito sem fim

Namorar com as estrelas

De carona em um cometa

Que cometa a loucura dos amantes mundanos

Mendigo do mundo

Sem destino nem rumo

Vagar entre mundos

Tão real é assim

Pegue-me em seus sonhos

Encontre meu sorriso

Faz dele o brilho

O Sol em mim

Não se atenha pela sombra

Esse é meu escândalo

Ela sempre me acompanha

Apanhando minhas lembranças

A amiga da esperança

Releitura de uma vida

Passageira ou condutora

Floreando meus jardins

Tantas formas são as cores

Espectros de mim

Relevância que alterna

O humor do amor celeste

Apetece o meu viver

Sem amor a vida esquece

Passa triste sem ver a cor

Pegue!

Toma!

São meus amores

Tenho nele meu sempre nome

Só me use!

Se for amar




  
Helio Ramos de Oliveira
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)   

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